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Feridas que não Cicatrizam: Entender para Cuidar

Sejam elas desencadeadas por traumas ou cirurgias, toda ferida precisa ser cicatrizada. A cicatrização nada mais é do que o processo de reparação tecidual, porém, é trata-se de um procedimento bastante complexo, já que depende de vários eventos celulares, moleculares e bioquímicos para ocorrer.

Você possui ou conhece alguém com alguma ferida que está demorando a cicatrizar? Então o nosso texto de hoje é para você! Siga a leitura e saiba o porquê isso acontece, as possíveis complicações e as melhores formas e tratamento.

Etapas da cicatrização

O processo de cicatrização de feridas deve passar por três fases:

  • Inflamatória: é a fase exsudativa da ferida, que dura entre 48 e 72 horas. Ela se inicia logo após a lesão, com a liberação de substâncias vasoconstritoras. Nesta fase a ferida pode apresentar dor, edema e vermelhidão.
  • Proliferação/granulação: é a fase regenerativa do processo de cicatrização de feridas, e pode durar entre 5 a 20 dias. Nesta etapa ocorre a epitelização, formação do tecido de granulação e a deposição de colágeno. Costuma ter aspecto avermelhado.
  • Remodelamento/maturação: o tempo de duração dessa fase é indeterminado. Nela ocorre a reorganização do colágeno, processo importantíssimo para a cicatrização, assim, a cicatriz vai diminuindo sua espessura e alterando sua tonalidade, que passar a ser rosa clara.

Fatores que implicam na cicatrização

Se sua ferida demora mais que o tempo esperado para cicatrizar você já deve ter se perguntando o porquê disso estar acontecendo, não é mesmo? Abaixo, vamos te mostrar alguns fatores que podem estar relacionados a uma dificuldade na cicatrização:

Fatores locais ou intrínsecos:

  • Tipo de tecido lesado;
  • Localização da lesão;
  • Dimensão e profundidade da lesão;
  • Grau de contaminação;
  • Infecção local;
  • Tensão na ferida;
  • Hemorragia;
  • Técnica de sutura inadequada;
  • Necrose tecidual;
  • Presença de edema, hematoma, equimose.

 

Fatores sistêmicos:

  • Idade;
  • Estado nutricional;
  • Presença de doenças crônicas;
  • Obesidade;
  • Tabagismo;
  • Uso de medicamentos;
  • Realização de quimioterapia;
  • Estado do sistema imunológico.

Complicações de uma cicatrização tardia

Não existe um tempo exato determinado para uma ferida cicatrizar, mas se passou de 3 meses e ela ainda não deu sinal de reparação tecidual é necessário que você fique alerta! Ah, e não são apenas as lesões crônicas, como o pé diabético ou úlceras varicosas, por exemplo, que demoram a cicatrizar. Feridas agudas, como as provenientes de cirurgias, também podem encontrar complicações no caminho durante esse processo.

Uma ferida que demora a cicatrizar torna-se uma porta de entrada para infecções, que podem manter-se localizadas ou difundir-se para todo o organismo, gerando uma infecção generalizada que pode levar à morte. A infecção também pode causar a necrose do tecido ou mesmo do osso, fazendo com que, em muitos casos, o paciente tenha que amputar o membro afetado.

Características

Uma ferida que demora a cicatrizar costuma apresentar:

  • Dor;
  • Odor;
  • Secreções;
  • Contaminação;
  • Infecção;
  • Sensação de queimação;
  • Coloração avermelhada ou arroxeada.

Como prevenir

A melhor forma de prevenir é sempre cuidar. Portanto, se você tem alguma doença pré-existente, como o diabetes ou problemas de circulação é fundamental que eles também sejam tratados. Por isso, mantenha seu índice glicêmico em equilíbrio, pratique exercícios, mantenha uma alimentação rica em nutrientes, beba bastante água, evite fumar e mantenha seu peso ideal. Ou seja, evite os fatores que contribuem para uma cicatrização tardia e complicada.

Em casos de feridas agudas, como as consequentes de uma cirurgia, siga sempre as orientações do seu médico. Faça o uso dos medicamentos, fique em repouso e evite esforço. Não se esqueça! Feridas deve sempre ser tratada por uma equipe especializada, então, nada de receitas caseiras. Elas podem complicar ainda mais o seu estado.

Formas de tratamento

As feridas que demoram a cicatrizar já não correspondem a tratamentos convencionais, como um simples curativo. Assim, por muito tempo, e ainda hoje, elas são consideradas como um desafio na medicina. Porém, atualmente, com a avanço da tecnologia, as coisas têm melhorado e opções têm surgido, com efeito, na cicatrização de feridas.

Uma dessas “inovações” no mercado, que já nem é tão nova assim, uma vez que foi regulamentada no Brasil lá em 1995, é a oxigenoterapia hiperbárica. Método terapêutico que consiste na inalação de oxigênio 100% puro, dentro de um ambiente pressurizado, no caso a câmara hiperbárica. Uma vez no organismo o oxigênio traz uma série de efeitos terapêuticos a seu paciente, contribuindo, inclusive, para uma cicatrização e combate à infecção mais rapidamente.

Mas, atenção! A terapia hiperbárica não funciona sozinha. Medicamentos, uso de curativos e demais intervenções devem continuar sendo feitas. E mais! A equipe a te orientar deve ser sempre multidisciplinar, incluindo nutricionista, enfermeiro, médicos e demais áreas. Em todas as nossas unidades dispomos de um tratamento adequado para você que possui feridas que não cicatrizam. Além de um método totalmente seguro nossa equipe é altamente capacitada e orientada ao atendimento. Para mais informações, entre em contato conosco!

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Por Dr. Juliano Arenzon

Médico Ultrassonografista e Hiperbarista

CRM RS 21012 RQE 25679

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